segunda-feira, 7 de maio de 2012

ANATOMIA DA RESPIRAÇÃO

            Embriologicamente, a respiração surge no tubo endodérmico, onde predomina a função de fornecer energia, e onde o alimento deve ser oxigenado para suprir combustível para um intenso crescimento. O tubo digestivo e o tubo respiratório emergem num mesmo local e permanecem ligados para sempre na anatomia da cabeça, boca, tórax e abdômen. A boca e o nariz fazem parte da abóbada craniana. Tubos comuns dividem-se para formar a traqueia e o esôfago, vias aéreas para os pulmões e para o estômago.
            A bomba da respiração-digestão, com seus tubos nos pulmões e intestinos, é auxiliada, nas funções de sugar e expelir, pelos músculos contráteis da boca, língua, esôfago, traqueia, alvéolos e diafragma. As passagens de ar compartilham um espaço comum com os órgãos da cabeça, peito e abdômen. 
            Respirar é aspirar, puxar para dentro, formar um espaço, reter para assimilação e troca e, depois, expelir. Isso encerra tanto uma troca externa de gases com o ambiente quanto uma troca interna de gases através dos tecidos. Isso se reflete nos ritmos básicos da respiração – uma atividade em quatro etapas:
Inspirar
Atingir um pico – pausa
Expirar
Atingir um fundo – pausa.
            O ritmo básico de 18 a 22 respirações por minuto mantém um padrão suave. Esse mesmo padrão acontece dentro de nós, bem profundamente, no nível celular, para alimentar o calor de nossa existência; o O2 é bombeado para dentro, e o CO2 é retirado das membranas celulares. Portanto, respiramos localmente no saco pulmonar e genericamente nos tecidos.
            O coração e os pulmões suprem o mensageiro, o sangue, com oxigênio e impulso. O nervo pneumogástrico está ligado ao coração, diafragma, pulmões e intestinos, e estabelece uma relação recíproca entre o diafragma e o pericárdio do coração. Eles batem juntos. A amplitude do diafragma afeta a do coração e vice-versa. Assim, a respiração, o fluxo sanguíneo e a fome estão todos entrelaçados.
Nota: texto extraído do livro ANATOMIA EMOCIONAL de Stanley Keleman.

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