Resumidamente, ser um respirador oral é respirar mais (ou completamente) pela boca do que pelo nariz. As causas de uma respiração oral podem ser diversas, desde desvio de septo nasal a reações alérgicas.
A natureza programou o homem para
respirar pelo nariz. Se a respiração nasal estiver prejudicada e o indivíduo
precisar do auxilio da cavidade bucal para respirar, pode alterar funcional e
esteticamente não só a face, mas o indivíduo como um todo.
O desarranjo da mecânica da
respiração leva a alterações do equilíbrio das forças musculares torácicas e
posturais. Assim sendo, existem algumas características corporais do respirador
oral. São elas: assimetria torácica, ombros anter-pulsionados (ombros para
frente), escápulas salientes, hipersifose (tipo corcunda), hiperlordose
(curvatura aumentada na lombar e barriga proeminente), escoliose (inclinação
para um dos lados, um ombro mais alto do que o outro), rotação de tronco
(parece que está sempre meio de lado).
Na
face do respirador oral observamos uma assimetria acentuada entre as duas hemi
faces, pois a forma altera a função e esta por sua vez altera a forma. Ou seja,
ao existir um problema estrutural na face, a função ficará comprometida em
algum grau. Se a função estiver comprometida, ela levará a algum grau de alteração
estrutural. São observadas as seguintes características faciais: olhar cansado,
olheiras, flacidez acentuada, boca entreaberta, língua larga e repousando sobre
os dentes ou lábios ou no soalho da boca, musculatura facial delgada,
alterações dentárias, periodonticas e esqueléticas,
E ainda podem-se
juntar as características gerais do respirador oral a dificuldade de
concentração, sono perturbado, dificuldade para mastigar alimentos mais duros,
sonolência durante o dia, irritabilidade, hiperatividade, cefaleias (dor de
cabeça), cervicalgia (dor no pescoço), ombros contraídos e dolorosos e ronco. No próximo texto falarei sobre as implicações da respiração oral.